quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dioniso, Diónisos ou Dionísio

Dioniso, Diónisos ou Dionísio (do grego Διώνυσος ou Διόνυσος) era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.

Ocorreu que Hera, que sentiu ciúme de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, em outras versões lhe pediu que a mostrasse sua verdeira forma. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria, em algumas versões, ela o fez fazer uma promessa pelo Estige, o voto mais sagrado, que nem mesmo os deuses podem quebrar. Ele concordou e quando soube do que se tratava imediatamente se arrependeu. Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas (ou demonstrou sua verdadeira forma), já sabendo de o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.

Assim, Dionisio passou parte de sua gestação na coxa de seu pai. Quando completou o tempo da gestação, Zeus o entregou em segredo a Ino (sua tia) que passou a cuidar da criança com ajuda das Dríades, das horas e das ninfas.

Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dionisio louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instrui em seus ritos religiosos.

Sileno ensina a ele a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho.

Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.

Dionisio puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.

Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.

É geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige um carro tirado por leões.

Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode e a lebre.

Às mulheres que o seguiam como loucas, bêbadas e desvairadas se dava o nome de bacantes.

É considerado também o deus protector do teatro. Em sua honra faziam-se ditirambos na Grécia Antiga e festas dionisíacas.

Segundo o mito, Dionísio ordenou a seus súditos que lhe trouxesse uma bebida que o alegrasse e envolvesse todos os sentidos. Trouxeram-lhe néctares diversos, mas Dionísio não se sentiu satisfeito até que ofereceram o vinho.

O deus encheu-se de encanto ao ver a bebida, suas cores, nuances e forma como brilhava ao Sol, ao mesmo tempo em que sentia o aroma frutado que exalava dos jarros à sua frente. Quando a bebida tocou seus lábios, sentiu a maciez do corpo do vinho e percebeu seu sabor único, suave e embriagador.

De tão alegre, Dionísio fez com que todos os presentes brindassem com suas taças, e ao som do brinde pôde ser ouvido por todos os campos daquela região. A parti daí, Dionísio passou a abençoar e a proteger todo aquele que produzisse bebida tão divinal, sendo adorado como deus do vinho e da alegria.

Fênix

Segundo a mitologia grega, a Fênix é uma ave que não se alimenta de frutos ou de flores, mas de incenso e de raízes odoríferas. Depois de já ter vivido por cinco séculos, constrói para si um ninho na copa de uma palmeira ou sobre os galhos de um carvalho.

Faz ali um estoque de lírio-da-índia, nardo e mirra, e com essas substâncias edifica e acende uma fogueira sobre a qual se coloca, a fênix morre e a partir dos seus restos mortais surge uma nova fênix.

Quando a mesma cresce e adquire forças o bastante, ela ergue o ninho que está na árvore (que ao mesmo tempo é seu berço e sepultara de sua mãe), e o carrega até a cidade de Heliópolis no Egito, depositando-o no templo do Sol.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

Mitologia Grega

É um conjunto de mitos, entidades divinas ou fantásticas e lendas. Tem suas principais fontes na Teogonia, de Hesíodo, na Ilíada e na Odisséia, de Homero, escritas no séc. VIII a.C.

A mais completa e importante fonte de mitos sobre a origem e a história dos deuses é a Teogonia. As histórias de grandes feitos, heróis, grandes combates, etc., são narrativas descritas por Homero, a exemplo da Guerra de Tróia.

Há uma divisão na categoria de deuses: deuses mais poderosos e deuses do Olimpo, este por sua vez se divide em várias classes. Dentre as classes dos deuses, está a classe A superior encabeçada por Zeus (governante de todos os deuses).

Numa classe inferior está Hades (irmão de Zeus e deus dos infernos). Mas os heróis, seres mortais em sua maioria, têm tanta importância quanto os deuses na mitologia grega, um dos mais conhecidos é Hércules (em grego Héracles).

Tais mitos tão antigos, hoje geram diversão e conhecimento, através de filmes onde são narradas as lendas, os mitos, os feitos dos grandes heróis, etc.

Hades

Na mitologia grega, Hades (em grego antigo: Άδης, transl. Hádēs) é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. O nome Hades era usado freqüentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone filha de Deméter. É interessante observar que, ao contrário de seus irmãos Zeus e Posídon, que tiveram dezenas de filhos, Hades não os teve, havendo somente pouquíssimas lendas nas quais ele possui filhos.

Posídon

Na mitologia grega, Posídon (em grego antigo Ποσειδῶν, transl. Poseidōn), também conhecido como Poseidon ou Possêidon, assumiu o estatuto de deus supremo do mar, conhecido pelos romanos como Neptuno (português europeu) ou Netuno (português brasileiro) e pelos etruscos por Nethuns. Também era conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Posídon com mais freqüência eram o tridente e o golfinho.

Hera

Hera era a deusa grega equivalente a Juno, no panteão romano. Deusa do casamento, irmã e esposa de Zeus. Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo.Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite sua maior inimiga.

Hera - Irmã e esposa de Zeus, a mais excelsa das deusas. A Ilíada a representa como orgulhosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Odiava sobretudo Héracles, que procurou diversas vezes matar. Na guerra de Tróia por ódio dos troianos, devido ao julgamento de Páris, ajudou os gregos. É representada por um pavão e possui uma coroa de ouro.

Métis

Métis era a deusa grega da prudência, filha de Tétis e Oceanus. Foi a primeira esposa de Zeus, que forneceu-lhe a bebida que fez Cronos regurgitar todos os filhos que havia engolido. Quando Métis estava grávida da deusa Atena, Gaia profetizou que seu filho iria destronar seu pai, Zeus. Este, temendo que isto acontecesse, engoliu a deusa viva, tendo depois como fruto dessa relação Atena saída já adulta de sua cabeça. Em Roma, correspondeu à deusa Prudência.

Zeus

Na mitologia grega Zeus era deus do céu e da Terra, senhor do Olimpo, deus supremo. Conhecido pelo nome romano de Júpiter.

Filho mais novo dos titãs Cronos e Réia. Seus irmãos eram: Posídon, Hades, Deméter, Héstia e Hera. Era casado com Hera, e pai de diversos deuses, como Atena, Artemis,Apolo e Afrodite.

Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os jogos olímpicos eram realizados em sua honra.

Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, seu pai. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos.

Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Posídon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.

Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.
Uma reconstrução da Estátua de Zeus, de Fídias, num desenho de Maarten van Heemskerck
Uma reconstrução da Estátua de Zeus, de Fídias, num desenho de Maarten van Heemskerck

Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

Mitologia

Mitologia é o estudo dos mitos, deuses e lendas. Os mitos são histórias de caráter popular ou religioso que têm por objetivo a explicação de coisas complexas, que passavam do entendimento das pessoas comuns na época de seus surgimentos.

Normalmente a mitologia é associada à sociedade de sua fundação, como a mitologia que surgiu na Grécia é denominada Mitologia Grega, sendo essa a mais famosa de todas. Em várias religiões a mitologia está presente de alguma forma. No Neopaganismo, por exemplo, a mitologia é a própria caracterização de sua fé.

Na sociedade atual, a mitologia está fortemente presente. Diversos jogos como Final Fantasy e Ragnarök; filmes e séries de televisão, como Harry Potter e Cavaleiros do Zodíaco possuem suas bases na mitologia.

A mitologia grega

A mitologia grega compreende o conjunto de mitos, lendas e entidades divinas e/ou fantásticas, (deuses, semideuses e heróis) (ver a genealogia dos deuses gregos) presentes na religião praticada na Grécia Antiga, criados e transmitidos originalmente por tradição oral, muitas vezes com o intuito de explicar fenômenos naturais, culturais ou religiosos - como os rituais - cuja explicação não era evidente. As fontes remanescentes da mitologia grega são transcrições dessa oralida de criação.

Os historiadores da mitologia grega têm, muitas vezes, de se basear em dados fragmentários, descontextualizados (fragmentos de obras literárias, por exemplo) ou através de indícios transmitidos na iconografia grega (principalmente, os vasos) para tentarem reconstituir a riqueza narrativa e conceptual de uma das mitologias mundiais que mais interesse desperta.

Nas suas várias lendas, histórias e cânticos, os deuses da Grécia antiga são descritos como quase humanos em aparência, porém imunes ao tempo e praticamente imunes a doenças e feridas, capazes de se tornarem invisíveis, de viajarem grandes distâncias quase que instantaneamente e de falarem através de seres humanos sem o conhecimento destes.

Cada um dos deuses tem sua própria forma física, genealogia, interesses, personalidade e sua própria especialidade. Essas descrições, no entanto, têm variantes locais que nem sempre estão de acordo com as descrições usadas em outras partes do mundo grego da época. Quando esses deuses eram nomeados em poesias ou orações, eles se referiam a uma combinação de seus nomes e epítetos, com estes os identificando, distinguindo-os de outros deuses. Atualmente, apenas o povo Kalasha, do Paquistão, mantém como religião

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Adónis - Mitologia

Adónis
de Tróia começou então. Ácamas participou nela, assim como o seu irmão Demofonte, na esperança de libertar a sua avó. Ácamas passa, mesmo, por ter sido um dos numerosos guerreiros que se esconderam no interior do cavalo de madeira. Obtida a vitória, resgatadas Helena e Etra - esta última graças aos seus netos que a reconheceram no meio dos cativos dos Gregos - Ácamas regressa à Ática. À morte de Menesteu, irá recuperar o trono de Atenas, que ocupará com grande sabedoria. (As aventuras de Ácamas são, por vezes, atribuídas ao seu irmão, Demofonte.)

Adónis 1,
A lenda, de origem síria, conta que a rainha da Síria tinha uma filha, Mirra (ou Esmirna), que ela admirava tanto, a ponto de a proclamar superior em beleza à própria deusa da beleza. Afrodite não gostou e decide vingar-se, inspirando a Mirra um amor criminoso pelo seu próprio pai. Assim, a jovem, com a cumplicidade da sua ama, consegue introduzir-se, de noite, incógnita, no leito do rei e unir-se com ele. Ter-se-á este apercebido da burla, exprimindo então a intenção de
condenar a sua filha à morte, ou terá sido Mirra, que fugiu, envergonhada, após a consumação do incesto? Qualquer que seja a resposta, a verdade é que os deuses tiveram piedade da jovem e decidiram transformá-la numa árvore: a árvore da mirra, cujas gotas não são senão as lágrimas da própria Mirra. Nove meses mais tarde, a crosta da árvore estalou, e dela saiu uma criança de extraordinária beleza: quem a voltasse a nomear não deveria dar-lhe outro nome senão o de "belo Adónis". (De uma palavra semítica que significa "senhor".) As ninfas adoptaram-no e educaram-no no meio da natureza. Um dia, Afrodite viu-o e - vingança justa de Mirra - experimentou por ele toda a violência do desejo, imediatamente partilhado. O casal tornou-se, a
partir de então, inseparável . Ora Ares, que há muito tempo se encontrava apaixonado por Afrodite, irritou-se com a paixão que uni mortal despertara na deusa do amor. E a fim de eliminar este rival demasiado ditoso, resolveu insuflar-lhe a sede da aventura, a procura do perigo. Foi assim que um dia Adónis, de arco na mão, partiu sozinho para a caça, apesar das súplicas da sua amante. A certa altura da caçada surge-lhe um javali, que investe contra ele, derrubando-o e provocando-lhe uma ferida mortal. Alertada por Zéfiro, a deusa precipita-se ao encontro do seu amado, ferindo os pés nas espinhas das rosas brancas que se tingem imediatamente de púrpura. Mas chegou demasiado tarde, não assistindo ao último suspiro do seu jovem amado. Perdida de dor, e para que a lembrança de Adónis e da sua beleza se perpetuassem sobre toda a terra, Afrodite transformou as gotas de sangue que se derramavam da sua ferida mortal, em anémonas. Após este incidente, a deusa criou em homenagem a Adónis uma festa fúnebre, que as mulheres sírias deviam celebrar, em cada Primavera. O rio da Fenícia que banhava Biblos (e a que os Gregos irão chamar Adónis) tomou, a partir deste momento, a cor do sangue (este rio, chamado hoje Nahr-1brahim, recebe as chuvas de terras ferruginosas).
Entretanto, Adónis tinha descido aos Infernos. A sua deslumbrante beleza mantinha-se e a deusa Perséfone, ao vê-lo, apaixona-se imediatamente. Afrodite não consegue suportar esta nova e ainda mais pungente dor. Dirige-se a Zeus e suplica-lhe que intervenha a seu favor. Então, o rei dos deuses decidiu que Adónis viveria um terço do ano nos Infernos, outro terço com Afrodite e que, durante o último terço, seria livre de escolher o seu local de permanência.

Curiosamente, Adónis opta por passar mais este período de quatro meses junto de Afrodite. Da Síria, o culto de Adónis ter-se-á expandido para todo o Oriente, Grécia e bacia do Mediterrâneo. Encarnando o cicio da vegetação, o filho de Mirra desce ao reino dos mortos nos quatro meses de Inverno, para renascer na Primavera. A sua fresca e virginal beleza, exposta à hostilidade de um clima devorador, é votada ano após ano à destruição. Os "Jardins de Adónis" evocam, à sua maneira, a vida brilhante e efémera do favorito de Afrodite (igualmente recordada por mais de uma obra-de-arte: telas de Ticiano, Rubens, Poussin, esculturas de Miguel- Ângelo, Canova, etc.)
(...) continua

Ácamas - Mitologia

Ácamas era filho de Teseu, rei de Atenas, e de Fedra, sua mulher (ela própria, filha do rei de Creta, Minos). Quando Teseu partiu em campanha com o seu amigo Pirítoo (em primeiro lugar para raptar Helena, ainda uma menina, que ele entregou à sua própria mãe Etra, e depois Perséfone, que ele tratou de arrancar aos Infernos), confiou o trono de Atenas aos seus filhos Ácamas e Demofonte. Mas Castor e Pólux, irmãos de Helena, intervieram e, enquanto Teseu esteve prisioneiro nos Infernos, eles libertaram a sua irmã, capturaram Etra, expulsaram os filhos de Teseu e substituíram- nos no trono por Menesteu, descendente de Erecteu. Ácamas e Demofonte retiraram-se, então, para a ilha de Ciros. Foi lá que seu pai, depois de libertado, os reencontrou e morreu. Quando Helena, entretanto casada com Menelau, foi de novo raptada, mas desta vez por Páris, filho de Príamo, rei de Tróia, foi a Ácamas que Menelau apelou, no sentido de negociar com Tróia o regresso de Helena, para junto de seu marido. A presença de Ácamas na corte de Tróia não passou despercebida aos olhos de uma das jovens princesas, "a mais bela das filhas de Príamo e de Hécuba", Laódice. Esta, profundamente apaixonada por Ácamas, confidencia os seus ardores à mulher do rei de Dárdano, em Tróade. A Rainha irá, então, sugerir ao seu marido convidar Acamas e Laódice para um banquete. A jovem, apresentada como uma cortesã de Príamo, é sentada ao lado do jovem grego e, ainda a noite não tinha terminado, já os dois se tinham unido, amorosamente. Desta união irá nascer Múnito, que a mãe de Teseu, Etra - ela tinha acompanhado Helena à corte de Príamo - terá por missão educar.
A embaixada de Ácamas não teve outro sucesso senão este.
(...) continua